quinta-feira, 16 de agosto de 2007

A Bíblia não é só aquele livro que podemos encontrar a enfeitar as mesinhas de cabeceira dos quartos de hotel. Podemos retirar da Bíblia inúmeros ensinamento das suas incalculáveis short-stories que, se nelas meditarmos, constatamos conterem preciosas instruções para a vida de todos nós. Estou agora a lembrar-me de duas que me tocam particularmente e que gostaria aqui de partilhar, resumindo-as no essencial mas apontado a sua localização no livro sagrado para aqueles que quiserem aceder ao texto na integra. A primeira está localizada em Génesis 37:18-28;39:4-20; Salmo 105:17-19, e reza assim:
Depois de vendido como escravo pelos irmãos, José exerce agora a sua escravatura no Egipto. Servindo o seu amo abnegadamente e tendo assim bom aspecto, é notado pela bela esposa do amo que começa a fazer-se a ele à força toda. No entanto José recusa-se a comer a gaja por causa daquela coisa lá dos mandamentos. Ela, despeitada, vira o jogo ao contrário, e queixa-se ao marido que teria sido alvo de assédio por parte do reles escravo. José acaba por ir de cana, onde acabará os seus dias.
E que no diz esta história ? Além de muito nos dizer acerca da natureza e dos fetiches femininos, diz-nos que nunca deveremos dizer que não, sempre que uma gaja nos assediar. Principalmente se for boa, e se for a mulher ou até mesmo a filha do patrão, melhor ainda e mais razão nos assiste. Duvido que exista algo que melhor faça ao ego de um gajo e o faça levantar todos os dias de manhã com um vigor e vontade de trabalhar extra, do que saber que anda a comer a mulher daquele que o explora.
Outra história, outra preciosa instrução para a vida aparece-nos em 1 Reis 21:1-14; 2 Reis 9:26:
Nabote tinha um terrenozito que ficava paredes meias com o palácio do Rei Acabe, de Israel. Jezabel, a rainha, queria alargar os jardins do palacete e sugeriu ao rei que se comprasse o terreno de Nabote. O rei fez uma proposta irrecusável a Nabote, mas este, por causa daquelas coisas lá dos mandamentos, disse peremptoriamente que não vendia o terreno coisa nenhuma, inviabilizando o negócio. Impossibilitada de ver cumprido o seu sonho, Jezabel arranjou meia dúzia de testemunhas que acusaram Nabote de blasfémia contra o Rei. Como resultado, Nabote e a família foram mortos à pedrada.
Ou seja, deveremos sempre negociar com sapiência, saber até onde podemos ir para vender pelo preço mais alto possível mas nunca fechar a porta à negociação.
Ambas as histórias dizem-nos que muito cuidado devemos ter com as mulheres, a quem devemos prestar toda a atenção e cuidado aos seus desejos e caprichos que muitas vezes podem ser coincidentes com os nossos. Dizem-nos ainda que nunca devemos recusar propostas irrecusáveis só por causa lá daquela coisa dos mandamentos. E este ensinamento podia muito bem ser o 11º mandamento que falta.Apesar dos tempos serem outros, a escravatura, as prisões e as pedras, agora da calçada que devem doer ainda mais, estão em todo o lado, pelo que nunca é demais relembrar estas dicas e aplicá-las na nossa vivência diária se quisermos viver mais, com mais alegria e com a bênção de Nosso Senhor que decerto se regozijará por saber que lemos e aprendemos com o que vem no sagrado livro.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Há uma mensagem subliminar espalhada por todas as estações de comboio e de metro: o azeite virgem, masculino, está no seu galheteiro, no seu leito à espera de companhia. Há um lugar vago de lado, por trás, pela frente, consoante a posição do galheteiro, destinado ao vinagre, masculino também, havendo três pretendentes que se perfilam em comboio, qual deles mais desejoso de fazer companhia ao azeite sedento de companhia no antro galheteiro. Adivinha-se escolha difícil e não será de admirar, tal é a promiscuidade dos tempos modernos, que o azeite receba os três, e cada um à sua vez consuma com o azeite virgem o acto do libidinoso tempero.
É estranho que o Vaticano não se pronuncie sobre esta mensagem assim a dar pró rabeta que subliminarmente se esconde na publicidade dos novos vinagres duma marca de azeites.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Hoje vi um gajo parecido com Nosso Senhor Jesus Cristo (NSJC). Há muito tempo que não via nenhum gajo parecido com NSJC mas já me aconteceu várias vezes ao longo da minha fantasmagórica existência cruzar-me com estas personagens. Uma pessoa nunca fica indiferente quando as encara e pensa logo “fosga-se este gajo é mesmo parecido com NSJC!”.
Depois subsiste aquela duvida primordial… É que está entranhada no nosso ADN, essa certeza inabalável que é saber-se que NSJC voltará um dia à Terra. Fica-se sempre a pensar, “espera lá, queres ver que é este mesmo o NSJC original que voltou à terra e escolheu ir de metro até ao Marquês?!”.
É pena que esta coisa dos sósias só tenha sido inventada no século passado. Bem que se safou o Hitler várias vezes, lá se vai safando o Michael Jackson e muito jeito teria dado a NSJC coitado, naqueles tempos em que as pessoas se vestiam com lençóis enrolados no corpo e se entretiam a apedrejar-se e a crucificar-se umas às outras.
Tal como todos os gajos parecidos com NSJC, este que vi hoje tinha todas aquelas características peculiares que o poderiam identificar como sendo NSJC: moreno, barba desgrenhada, cabelo comprido e desgrenhado, aquele olhar alienado, calado, sozinho e parecia ter fome. Não aquela fome de gajas, mas mesmo fome-fome, nutricionalmente falando, de quem lhe apetecia assim uma bela sardinha assada. Tinha era uns ténis da Nike, porque se tivesse umas sandálias, pelo seguro, tinha-lhe logo pedido a benção.