É uma daquelas histórias com potencial para dar filme porno mas produzido por uma igreja evangélica.
Conta-me a tipa, em jeito de aviso à navegação, que o ex-namorado só a beijou na boca mais de dois anos após se conhecerem. E depois desse momento, passaram ainda mais seis meses até que finalmente deram uma queca. Ou “fizemos amor”, como faz ela questão de sublinhar.
Perante a minha admiração, justifica-se com um rol de ideais em que acredita piamente. Sexo só com amor, que não dá o seu corpo a qualquer um, que gosta muito dela, que sempre foi educada assim, que gosta muito de ser como é and so on and so on…
Para quem, como eu, espera comê-la esta noite, pode-se calcular o balde de água fria que é. Uma coisa é um gajo ouvir estas coisas quando são só conversa e só tem de afinar um bocadinho melhor a canção do bandido para que elas tenham um ataque de amnésia. Uma coisa é também uma gaja insinuar que nunca faria sexo na primeira noite. Outra é dizer-nos isso na cara, como se, e aí gabo-lhe um qualquer dom que ela tem, fosse capaz de ler e responder aos meus pensamentos. Outra coisa é ainda uma gaja assim, absolutamente convicta e determinada a impedir que, seja quem for, até eu, possa dar-lhe uma queca sem que pelo menos decorra um período equivalente a três ou quatro gravidezes. Ora a palavra de ordem nestes casos é “abortar”. E o aborto nem sequer foi provocado. Foi espontâneo quando ela, comigo curioso a insistir, prosseguiu com a história daquela primeira vez que "fez amor" com aquele ultimo namorado.
A cena passa-se, portanto, passados dois anos desde que se conheceram e mais seis meses desde que se beijaram pela primeira vez. Estão os dois no carro, de noite. O tipo está cheio de tesão e agarra-se à gaja começando a apalpá-la toda. Ela vai mantendo as distancias de segurança, ao que ele se interroga “Como é que consegues resistir ? Eu todas as noites penso em "fazer amor" contigo” (aqui eu interrompi com pena do rapaz, aludindo às centenas de vezes que o tipo esgalhou o bicho à conta da namorada. Já ela afiançou-me que, não é nada dessas coisas(!)…). Ela diz que lhe respondeu que também gostava de "fazer amor" com ele, mas que dentro do carro nunca seria o lugar próprio. Pelo que há já algumas semanas esperava que ele tomasse a iniciativa de a levar para um hotel onde pudessem "fazer amor". Explicou-lhe, a ele, que era uma senhora e que de acordo com os seus princípios, nunca seria ela a tomar tal iniciativa...
Não sei se repararam mas o "fazer amor" aqui nesta história está sempre entre aspas. Na verdade há muito tempo que não ouvia esta expressão, "fazer amor", com a qual discordo total e simplesmente porque considero que o amor não "se faz". Nem se pratica. O que se faz é sexo, ou pratica-se sexo. Quanto ao amor, ama-se. Desculpem mas eu faço uma distinção total entre ambas as coisas. Acho que não podem ser praticadas ao mesmo tempo. Embora seja muito natural e saudável que duas pessoas que se amem, parem de se amar um bocadinho e façam sexo. Mas também é muito saudável e natural que façam sexo duas (ou mais) pessoas que não se amem. Ok, isto dava pano para mangas.
Voltemos à história, na altura em que, o gajo, o namorado, depois de ouvir ela dizer que esperava a sua iniciativa, fez-se-lhe luz e não perdeu mais tempo. Prego a fundo e, mesmo assim, diz-me ela que nunca mais chegavam ao hotel.
E que hotel teria sido... Um hotel de charme, um sítio romântico decerto digno da celebração carnal e união espiritual, um hotel de acordo com o momento tão bonito de "fazer amor" que se adivinhava… Eis a descrição: “Era um hotel em que parámos o carro e a entrada para o parque de estacionamento era como se fosse uma portagem. Estava uma rapariga dentro duma cabine que nos indicou qual o quarto. Não foi preciso sairmos do carro, fomos directos para o estacionamento e depois foi só subir para o quarto.”
Ora, só conheço um tipo de “hotel” onde a recepcionista está dentro duma cabine à entrada do estacionamento. É mais propriamente um motel e é um lugar onde habitualmente se levam gajas só para “foder” ou "dar uma foda". Repare-se que aqui "fazer uma foda" tem ainda mais lógica que "fazer amor". Já "dar amor" não tem nada a ver com "dar uma foda" ou "dar uma queca" que é no fundo "fazer sexo" também num hotel mas no corredor. Reparem que "foder" também está entre aspas porque é minha convicção que "foder" e "fazer sexo" não é bem bem a mesma coisa. Acho que fazemos sexo com quem amamos, ou pelo menos gostamos. Já "foder", podemos fazê-lo com quem não gostamos ou então simplesmente porque "que se fôda".
No meu imaginário os motéis são sítios de foda. Mas só no meu imaginário e na realidade de muita gente que infelizmente não é a minha. Já os hotéis são para "fazer sexo" embora muita da melhor pornografia que circula na internet tenha sido filmada em quartos de hotel onde se fodeu como se se estivesse num motel.
Voltando à história da gaja que não comi nem muito provavelmente vou comer, para confirmar as minhas suspeitas, inquiri-lhe sobre como era a decoração do quarto do suposto "hotel". A cama redonda, os espelhos no tecto, o varão no centro do quarto e alguma mobília esquisita confirmaram que o gajo a tinha levado para um sítio de foda, um motel portanto.
Ora, esta gaja, esta gaja com que eu saio, eu, conta-me toda esta história com um misto de orgulho e indisfarçável dose de masoquismo porque sabe muito bem que não quero outra coisa que seja dar-lhe uma "foda" ou, pelo menos, uma "queca".
Resta saber como a história acaba. Digo-lhe que tenho de ir à casa de banho cagar e vou-me embora deixando-a sozinha a comer tremoços porque já vi que daqui não como nada, ou fico para ouvir o resto da história ? É que ainda por cima a esta hora a tipa já perdeu o baton que tinha nos lábios...
Ao que parece, foi efectivamente uma grande foda. Mais uma vez ela faz a apologia da espera. Diz que valeu a pena. O tipo ter-lhe-à dito que se fosse preciso voltava a esperar mais dois anos e meio...
Eu esperei dois dias...não sei se consigo esperar mais meio dia!
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segunda-feira, 21 de novembro de 2011
sábado, 12 de novembro de 2011
Tiro
Pela primeira vez tenho uma conversa no facebook onde entrou a palavra "reforma". Deiam-me um tiro quando começar a falar de ventosas.
domingo, 6 de novembro de 2011
sexta-feira, 18 de julho de 2008

Não consigo escrever. A única coisa digna de registo que me apetece partilhar são os resumos mentais que carinhosamente guardo dos mailes pornográficos que ultimamente tenho recebido deste e daquele amigo... Ou o mundo anda muito doente ou sou eu que estou a ficar antiquado. Aviso desde já para o teor altamente melindroso dos relatos que se seguem. Pelo menos na minha óptica. É que quando assim é, esforço-me ao máximo para os tornar ainda mais melindrosos. E aviso antes, também, os incautos leitores para tornar o momento ainda mais melindroso. E abuso da palavra melindroso. Ao ponto de já ninguém estar com pachorra para me ler.
Após lerem estas linhas, muitos terão vontade de se suicidar com um tiro no dedo mindinho do pé. Outros já o fizeram. Têm ainda mais outro. Estejam à vontade. Outros terão vontade de me pedir os ficheiros mpeg. Outros de ir a correr ao supermercado comprar bananas. Aviso que apaguei os ficheiros todos. Não os passei a ninguém por motivos de saúde pública. Quanto às bananas, no Lidl são mais baratas.
- uma gorda muito provavelmente com meia tonelada de peso, a cavalgar desenfreada de prazer um gajo magrinho numa cama de quarto de hotel;
- um preto a comer de frente o cú duma gaja branca e simultaneamente a fazer-lhe um minete (explico, o bacamarte do preto é enorme, de modo que o preto dobra-se e chega lá com a língua ao mesmo tempo que o enfia. Muito provavelmente o preto conseguirá fazer a si próprio um bóbó. A língua do preto também é comprida.);
- um gajo que filma gajas que lhe dão murros e pontapés nos tomates e ele gosta;
- uma gaja que enfia uma banana descascada no cu de uma outra que está de gatas e afasta-se um metro para trás. Então a que está de gatas faz força e a banana sai disparada na direcção da outra que a apanha com a boca;
- um gajo que sofre duma estranha mutação, tem dois pénis e faz as delicias duma gaja ao comê-la por trás por dois lados ao mesmo tempo;
- o Berlusconni a comer macacos do nariz.
Digam lá se não é bom ter amigos assim, que tentam sempre animar-nos, enviando-nos "coisas giras" para o mail ? Conta a intenção. Adeus dedo mindinho!
sexta-feira, 20 de junho de 2008

Deixo aqui o apelo a quem por favor tiver ou encontre por aí em MP3 a musica “We Don't Wanna Be the Ones to Take the Blame” do album Rite to Silence dos “The Sandals” o favor de deixar aqui a sua pista e indicar o email para eu depois contactar. Passa esta mensagem aos teus amigos, amigos dos amigos, amigos dos amigos dos amigos, desde que seja a muita gente, mas vá lá, eu não encontro este magnifico som em lado nenhum.
Hoje eu, amanhã posso ser eu outra vez a precisar… Mas pode ser que um dia sejas tu. Até vou dizer “bem hajam” e tudo. Vá lá…
Actualização:
Uma avassaladora onda de solidariedade, que me apraz registar, varreu a blogosfera e ao fim de poucas horas após a publicação deste post já tinha comigo o tão desejado ficheiro que, como é meu apanágio, tenho estado a ouvir obsessiva, compulsiva e repetidamente.
terça-feira, 16 de outubro de 2007

Até um fantasma vai sofrendo os sinais da erosão do tempo. Não é a vida que passa, é mesmo o tempo que vai deixando as suas marcas. Hoje reparei em três dessas marcas, metamorfoses que ainda não tinha reparado terem gradualmente ocorrido em mim. Envelhecer é isto, é reparar nestas coisas, é tomar esta consciência, é não ter mais nada que fazer e assim ter tempo suficiente para estar parado, e reparar nestas coisas e envelhecer.
Primeira constatação: tenho pêlos por cima dos ombros. É patético, é vergonhoso, não está na moda. Não quero acreditar que este verão andei na praia a fazer esta figura, andei com pêlos por cima dos ombros. A coisa está mal semeada porque nunca tive esta tradição, mas salta escandalosamente à vista porque não tenho pêlos nos lados dos ombros. E ali estão aqueles dois tufos, aquelas espécies de divisas com que os anos me galardoaram. Só que em vez de subir, é sempre a descer de patente.
Segunda constatação: Começo a dar mais valor ao corpo do que à cara das gajas. E nunca fui assim. Nunca fui um Turneriano, ideologia que vai buscar às suas origens a esse sex-symbol encantador que povou o imaginário de milhões de adolescentes, que foi Tina Turner. A so called ‘miss hot legs’ era uma quarentona toda boa e enxuta. Pelos quatro cantos da escola elogiavam-se as suas prodigiosas mocas, aquelas pernas impecáveis que dançavam como se tivessem pastilha elástica agarrada aos sapatos de salto alto. A Tina mexia com um gajo adolescente. Mas era igualmente incontornável a sua cara que não se parecia nem ao de leve com nenhuma das nossas colegas. E para mim, uma gaja que não tivesse um rosto sublime ou minimamente parecido com o da Sandrinha da minha turma, não me despertava o menor interesse. Os Turnerianos contrapunham com a solução óbvia: enfiava-se um saco na cabeça e pronto. Hoje, confesso, estou mais perto desta saudável ideologia. Aqui há dias navegava por um site de gajedo que oferece alguns minutos de prazer em troca de dinheiro e onde toda a carne em exibição esconde a sua face num pudor excitante na mesma proporção em que mostra o restante bem torneado produto. Não senti grande curiosidade em saber como seriam as faces daqueles corpos. Antes como seriam aqueles corpos assim mais ao perto. Mas ainda assim, recorrendo à mais alta tecnologia, e porque numa foto uma delas dava a mostrar os lábios, noutra o olho esquerdo, noutra a testa, noutra o olho direito, fiz diversos recortes e consegui completar o puzzle com o rosto completo duma das colaboradoras. Não gostei do que vi, mas de imediato achei que pouco interessava. Não era bonita mas não seria preciso enfiar um saco. O portentoso corpo que exibia relegava para segundo plano o facto de não ser bonita. O triunfo da carne sobre os princípios ? Big deal!
Terceira constatação: Durante anos e anos quando via dois pacotes de leite abertos em cima da bancada da cozinha, nunca conseguia distinguir qual deles estava cheio e qual deles estava vazio. Pegava num copo para o encher e invariavelmente pegava no pacote vazio. Uma metáfora perturbadora sobre as minhas opções de vida, que nunca seriam afinal as correctas. Hoje em dia, e com orgulho o digo, consigo acertar sempre no pacote de leite cheio.
Primeira constatação: tenho pêlos por cima dos ombros. É patético, é vergonhoso, não está na moda. Não quero acreditar que este verão andei na praia a fazer esta figura, andei com pêlos por cima dos ombros. A coisa está mal semeada porque nunca tive esta tradição, mas salta escandalosamente à vista porque não tenho pêlos nos lados dos ombros. E ali estão aqueles dois tufos, aquelas espécies de divisas com que os anos me galardoaram. Só que em vez de subir, é sempre a descer de patente.
Segunda constatação: Começo a dar mais valor ao corpo do que à cara das gajas. E nunca fui assim. Nunca fui um Turneriano, ideologia que vai buscar às suas origens a esse sex-symbol encantador que povou o imaginário de milhões de adolescentes, que foi Tina Turner. A so called ‘miss hot legs’ era uma quarentona toda boa e enxuta. Pelos quatro cantos da escola elogiavam-se as suas prodigiosas mocas, aquelas pernas impecáveis que dançavam como se tivessem pastilha elástica agarrada aos sapatos de salto alto. A Tina mexia com um gajo adolescente. Mas era igualmente incontornável a sua cara que não se parecia nem ao de leve com nenhuma das nossas colegas. E para mim, uma gaja que não tivesse um rosto sublime ou minimamente parecido com o da Sandrinha da minha turma, não me despertava o menor interesse. Os Turnerianos contrapunham com a solução óbvia: enfiava-se um saco na cabeça e pronto. Hoje, confesso, estou mais perto desta saudável ideologia. Aqui há dias navegava por um site de gajedo que oferece alguns minutos de prazer em troca de dinheiro e onde toda a carne em exibição esconde a sua face num pudor excitante na mesma proporção em que mostra o restante bem torneado produto. Não senti grande curiosidade em saber como seriam as faces daqueles corpos. Antes como seriam aqueles corpos assim mais ao perto. Mas ainda assim, recorrendo à mais alta tecnologia, e porque numa foto uma delas dava a mostrar os lábios, noutra o olho esquerdo, noutra a testa, noutra o olho direito, fiz diversos recortes e consegui completar o puzzle com o rosto completo duma das colaboradoras. Não gostei do que vi, mas de imediato achei que pouco interessava. Não era bonita mas não seria preciso enfiar um saco. O portentoso corpo que exibia relegava para segundo plano o facto de não ser bonita. O triunfo da carne sobre os princípios ? Big deal!
Terceira constatação: Durante anos e anos quando via dois pacotes de leite abertos em cima da bancada da cozinha, nunca conseguia distinguir qual deles estava cheio e qual deles estava vazio. Pegava num copo para o encher e invariavelmente pegava no pacote vazio. Uma metáfora perturbadora sobre as minhas opções de vida, que nunca seriam afinal as correctas. Hoje em dia, e com orgulho o digo, consigo acertar sempre no pacote de leite cheio.
sexta-feira, 1 de junho de 2007

Diz-me que uma amiga lhe perguntou pela minha saúde e lhe falou da filha, que teria andado comigo na escola, e que desde sempre tivera um fraquinho por mim. Ainda não casou, está bem empregada, na tap, comprou casa em Benfica e mais alguns eteceteras de conversas de mães. Pelo nome não faço a mínima ideia quem seja, mas escuto atentamente mais alguns detalhes, insistindo naturalmente sobre a descrição física da pessoa que não me deve pôr a vista em cima há mais de 20 anos.
Só passado todo este tempo chegou a revelação do fraquinho… No entanto descanso o espírito porque como a minha retina dela não se lembra, devia tratar-se pois de uma coleguinha fatelazita que certamente assim continuará, estado agravado pelo passar dos anos. Ainda assim, o mistério faz-me voltar ao assunto quando me deito. Então lembro-me, a mais bem comportada e atinada da turma, uma das melhores alunas, cristã, aplicada, uma gaja com juizinho e… tinha um fraquinho por um gajo com uma cabeça como a minha! Já pedi à minha para pedir à outra mãe uma foto actual… De corpo inteiro, claro.
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Deixo aqui uma ideia de um site aos webmasters nacionais. Porque não a criação de um site onde pessoas que não tenham nada a perder, vagabundos, indigentes, sem-abrigo, escuteiros, etc., se possam inscrever disponibilizando a sua personalidade jurídica para ajudar o próximo?
Dou um exemplo. Um pacato cidadão, contribuinte correctíssimo, exemplar pai de família, amigo do seu amigo, e, o mais importante, igual a si próprio, certo dia resolve fazer uma inversão de marcha ultrapassando um traço contínuo. Avistado por um zeloso bófia, este tira-lhe meticulosamente a matrícula. Meses mais tarde chega à casa do pacato cidadão a multa em euros, acrescida de inibição de conduzir, pois trata-se de uma contra-ordenação muito grave. A multa ainda se paga, agora o que dói mesmo é ficar sem carta durante uns meses... Como vai ser levar os miúdos à escola ? Como vai ser ter que andar agora de transportes públicos no meio da maralha ? O pacato cidadão recorre então ao site SOSvagabundo.pt onde poderá contratar os serviços de um vagabundo que tenha carta de condução, para que este admita que era ele quem conduzia o veículo infractor, que naquele dia lhe tinha sido emprestado pelo seu grande amigo de longa data, o pacato cidadão. A troco de uma módica quantia, o vagabundo assumiria o papel de infractor, ficando alguns meses sem conduzir, coisa que não lhe faria grande mossa porque não tem carro, enquanto o pacato cidadão poderia continuar com a sua tão valiosa vidinha estúpida.
Pensem nesta ideia malta, que poderá ter aplicabilidade noutras áreas.
Dou um exemplo. Um pacato cidadão, contribuinte correctíssimo, exemplar pai de família, amigo do seu amigo, e, o mais importante, igual a si próprio, certo dia resolve fazer uma inversão de marcha ultrapassando um traço contínuo. Avistado por um zeloso bófia, este tira-lhe meticulosamente a matrícula. Meses mais tarde chega à casa do pacato cidadão a multa em euros, acrescida de inibição de conduzir, pois trata-se de uma contra-ordenação muito grave. A multa ainda se paga, agora o que dói mesmo é ficar sem carta durante uns meses... Como vai ser levar os miúdos à escola ? Como vai ser ter que andar agora de transportes públicos no meio da maralha ? O pacato cidadão recorre então ao site SOSvagabundo.pt onde poderá contratar os serviços de um vagabundo que tenha carta de condução, para que este admita que era ele quem conduzia o veículo infractor, que naquele dia lhe tinha sido emprestado pelo seu grande amigo de longa data, o pacato cidadão. A troco de uma módica quantia, o vagabundo assumiria o papel de infractor, ficando alguns meses sem conduzir, coisa que não lhe faria grande mossa porque não tem carro, enquanto o pacato cidadão poderia continuar com a sua tão valiosa vidinha estúpida.
Pensem nesta ideia malta, que poderá ter aplicabilidade noutras áreas.
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