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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

sábado, 12 de novembro de 2011

Tiro

Pela primeira vez tenho uma conversa no facebook onde entrou a palavra "reforma". Deiam-me um tiro quando começar a falar de ventosas.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Em boa verdade vos digo, desconfiai daquelas que dizem ser contra o facebook porque não querem expôr a sua vida aos outros. O mais certo é não terem vida para expôr.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Foram 45 finalistas de 26 países, 90 nádegas que competiram no passado dia 12 em Paris pelo título do "Most beautiful bottom in the world" (em português, "a peidola mais apetitosa do mundo"). A vencedora foi a brasileira Melanie Nunes Fronckowiak e pelo nome não me admiraria nada que a mãe da Melanie fosse americana, o pai polaco e o padeiro português. Esta joint-venture só podia resultar em algo maravilhosamente belo e obviamente apetitoso ou não estivessemos a falar da parte que Deus Nosso Senhor quis que fosse a mais comestível do corpo feminino, o rabinho.
          

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Por vezes vasculho no meu cada vez mais longínquo passado em busca de respostas para o meu cada vez mais inexistente presente. Outras vezes vasculho no Youtube. Desta vez cruzei-me com um clip onde uma gaja entra num quarto de hotel e começa a lamber tudo o que lhe aparece pela frente, desde frigoríficos, televisões e até mobiliário de casa de banho… Apesar de um certo patetismo, apesar de muito higiénico Cillit Bang, o vídeo tem uma considerável carga erótica. Eu pelo menos não fico indiferente quando vejo uma gaja com a língua de fora a lamber coisas.
Este vídeo teve ainda a virtude de me remeter para os primórdios da minha adolescência, reviver um episódio que de certa forma evidenciava a perversão que já me pulsava no sangue ainda naquela tenra idade.
Devia ter os meus 10 ou 11 anos e os meus avós davam em casa um jantar de despedida de uns primos que se encontravam de abalada para o Canadá depois das férias passadas na santa terra. Um dos meus primos trouxera a noiva, uma bela Canadiana dos seus 20 anos, da qual não tirei os olhos durante todo o jantar, período de tempo em que, definitivamente, estava absolutamente convencido de ter ali à minha frente a mulher mais bela do mundo.
Terminado o jantar voluntariei-me para levantar a mesa, apenas com um objectivo em mente… Pegar no copo onde aquelas mãos e aqueles lábios tinham tocado. Tendo o troféu comigo, fui para um recanto da cozinha onde pude apreciar convenientemente as marcas recentes de baton, pequenos laivos de saliva da bela ainda frescos no rebordo, as marcas dos seus dedos... Tudo foi então por mim lambido, tudo foi devorado, absorvido, o mais ínfimo traço do seu ADN foi aspirado para dentro da minha boca. A pervertida experiência soube a pouco…lembro-me da sensação de pousar o copo, que depois do meu tratamento, era apenas um copo tão vazio quanto o meu interior. Mas tinha experimentado uma espécie de prazer, ainda assim, apenas uma ínfima parte do que sentiria se pudesse em vez do copo, lamber os próprios lábios que tinham tocado no copo. Voltei para a mesa como se nada fosse comigo, decidido a aproveitar ao máximo, a fixar todos os belos pormenores do rosto da rapariga, para que me acompanhassem nas noites seguintes nos meus sonhos.
A fantasia e a imaginação contam muito no que à libido diz respeito. Anos mais tarde ocorreria um episódio que meteu também língua e boca, mas de uma puta do Intendente.
Eu e o meu habitual grupo de amigos frequentávamos assiduamente ao fim de semana as matinées do Crazy Nights onde acabámos por conhecer uns tipos mais velhos que, porque gostavam muito de miúdas da secundária com idade para serem quase suas filhas, estavam sempre ali batidos. Lembro-me de me interrogar se quando tivesse a idade deles também frequentaria as matinées… No entanto, a evolução foi normal, com o passar dos anos foi surgindo um desconforto natural de quem se sente deslocado no meio de tanta pitinha e pretende passar para o próximo nível de engate que só se encontra nas discotecas à noite.
Uma vez, à saída da discoteca, os gajos pergutaram-nos se queríamos ir com eles. E onde ? Ver putas! Há quem goste de ver o pôr do sol, há quem goste de ir ver os saldos ou os macacos no jardim zoológico. De facto a actividade lúdica de "ir ver putas" nunca me tinha ocorrido. Sem nada para fazer, fomos levados até ao coração fervilhante do Intendente onde os nossos cicerones se movimentavam com grande à vontade, cumprimentando este e aquele manfio, acenando para esta ou aquela puta encostada às paredes das ruelas. As putas não deviam nada à beleza. Invariavelmente cada uma delas parecia saída de um filme porno espanhol de baixa qualidade e cada uma delas tinha uma, várias ou todas das seguintes características: parecia uma drogada, parecia uma pessoa com uma doença terminal grave, parecia uma pessoa deprimida em ultimo grau, parecia uma pessoa desejosa de chegar a casa para enfiar no bucho uma caixa inteira de comprimidos e escrever uma carta de despedida cheia de erros ortográficos enquanto não surgia o efeito, parecia uma puta.
Apesar da ânsia em perder a virgindade com que um gajo por aquela altura se debatia, perdê-la com uma gaja daquelas devia ser um autêntico pesadelo. Embora estivesse longe de querer para mim um momento mágico e especial como queriam as miúdas daquela idade, não concebia minimamente ver-me frente a frente com uns dentes careados e um hálito com sabor a sémen do cliente anterior.
A certa altura um dos gajos mais velhos disse-nos “Epá esperem aí que eu vou ali dar uma foda naquela puta!” E lá foi ter com ela que, como estava à porta da pensão, foi só dar meia volta. Convém referir que por esta altura já nos tínhamos informado do preçário praticado pela generalidade das putas. O bóbó eram 500 paus mas por mais 100 ela engolia. A queca eram 2 contos (1 conto = 1000 paus = 1000 escudos = 5 euros) mas com alguma lábia conseguiam-se fodas com desconto de 50%, por 1000 paus portanto. Estamos a falar de preços praticados em meados dos anos 80.
Não passou muito tempo, talvez um quarto de hora, quando vimos surgir o gajo. Tinha então a ideia de que um gajo depois de dar uma foda ficaria diferente, mais alegre ou mais relaxado, mais feliz ou mais confiante, um gajo ficava diferente pela certa. Mas o gajo mais velho, que acabara de dar uma, parecia-me exactamente o mesmo gajo antes de dar uma. Quando ele chegou perto de nós, foi de imediato bombardeado com as nossas perguntas, de como tinha sido, o que tinham feito, etc… Então o gajo disse estas palavras que jamais esquecerei: “Foda-se mais valia ter batido uma punheta óh caralho!”.
O gajo teria preferido o copo. O triunfo da imaginação sobre a realidade.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Por estes dias circulam milhares de mensagens por mail e sms apelando ao boicote nos postos de abastecimento da Galp, BP e Repsol. Pode-se portanto durante os próximos dias 22,23,24 e 25, abastecer nos outros postos de abastecimento porque não há problema. Por exemplo, nos postos da Cepsa ou nos postos dos hipermercados porque a gasolina que vendem é muito mais baratinha, não é poluente, não é feita a partir de petróleo, muito menos desse petróleo nauseabundo extraído pela OPEP que aquelas três gasolineiras vendem a preços exorbitantes. É uma gasolina completamente diferente e a prová-lo está a meia dúzia de cêntimos mais barata a que é vendida. Contando naturalmente que quando o automobilista vá encher o depósito ao hipermercado não esqueça de deixar primeiro lá dentro o couro e o cabelo.
Só posso admitir que os cretinos que inventaram esta cruzada de facto não acreditem nos efeitos práticos da mesma, porque não irão naturalmente existir, antes sintam especial gozo em ver a maralha aderir a mais uma sem pés nem cabeça. E a maralha adere porque simplesmente anda tresmalhada e desejosa de se encarneirar atrás de qualquer ideal que mesmo por breves dias a faça sentir que há algo porque valha a pena lutar…Por exemplo, lutar pelo seu direito ao consumo!
Mas alguém que explique a esta gente que é a lei da oferta e da procura que regula os preços. Que de há uns anos a esta parte, os chineses começaram a pôr de lado as bicicletas, os indianos os elefantes, e começaram alegremente a comprar meios de locomoção movidos a gasolina. Gasolina essa que já não chega para as encomendas. Que além disso, e a verdadeiramente influenciar o preço final ao consumidor, é o pesado imposto que o estado português impõe sobre os produtos petrolíferos. Em ultima instância, o culpado é o Estado, o governo, o Sócrates e quem nele votou. Esses mesmos votantes que nos próximos dias vão fazer fila nos hipermercados.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Aluna típica da Carolina MichaelisNo YouTube é possível verificar com toda a certeza que a cena da escola Carolina Michaelis não se passou de facto entre duas alunas naquela guerrinha teimosa de "dá cá o meu telemóvel!" vs. "não dou!". Era uma dúvida que eu tinha. Poderia aquele patético episódio ser uma qualquer encenação, tipo Carolina Michaelis Project destinada exclusivamente aos consumidores do YouTube. Mas não, ao contrário do que circulou pelos telejornais, ali podemos ver as caras dos intervenientes e portanto confirmar que as adversárias são uma aluna e uma professora que se degladiam ferozmente pela posse de um telemóvel.
Ao contrário do que se diz, não se vê qualquer agressão. Nem sequer são proferidas palavras injuriosas. Terminado o episódio, a professora reflectiu certamente sobre o sucedido, tendo chegado à conclusão que não deveria ter tomado a atitude que tomou ao retirar à força e sem consentimento da aluna, um objecto tão pessoal como é um telemóvel, onde se guardam mensagens e pensamentos, texto e imagens pessoais e que constituem informação intima. Aliás o comportamento histérico da aluna é bem revelador da importância e dos segredos que aquele telemóvel devia conter...
O assunto iria ficar no esquecimento, não fossem as imagens da agressão que nunca existiu. Mas como toda a gente diz que existiu, a professora vai então agora, finalmente, apresentar processos contra toda a turma, actores, figurantes, equipa técnica e realizador, tendo como testemunhas o bando dos mesmos moralistas que são os primeiros a dizer que "as crianças são a melhor coisa do mundo" para depois as quererem crucificar quando começam a ganhar pintelho.
A única coisa que foi brutalizada naquela sala de aula foi o telemóvel.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Até um fantasma vai sofrendo os sinais da erosão do tempo. Não é a vida que passa, é mesmo o tempo que vai deixando as suas marcas. Hoje reparei em três dessas marcas, metamorfoses que ainda não tinha reparado terem gradualmente ocorrido em mim. Envelhecer é isto, é reparar nestas coisas, é tomar esta consciência, é não ter mais nada que fazer e assim ter tempo suficiente para estar parado, e reparar nestas coisas e envelhecer.
Primeira constatação: tenho pêlos por cima dos ombros. É patético, é vergonhoso, não está na moda. Não quero acreditar que este verão andei na praia a fazer esta figura, andei com pêlos por cima dos ombros. A coisa está mal semeada porque nunca tive esta tradição, mas salta escandalosamente à vista porque não tenho pêlos nos lados dos ombros. E ali estão aqueles dois tufos, aquelas espécies de divisas com que os anos me galardoaram. Só que em vez de subir, é sempre a descer de patente.
Segunda constatação: Começo a dar mais valor ao corpo do que à cara das gajas. E nunca fui assim. Nunca fui um Turneriano, ideologia que vai buscar às suas origens a esse sex-symbol encantador que povou o imaginário de milhões de adolescentes, que foi Tina Turner. A so called ‘miss hot legs’ era uma quarentona toda boa e enxuta. Pelos quatro cantos da escola elogiavam-se as suas prodigiosas mocas, aquelas pernas impecáveis que dançavam como se tivessem pastilha elástica agarrada aos sapatos de salto alto. A Tina mexia com um gajo adolescente. Mas era igualmente incontornável a sua cara que não se parecia nem ao de leve com nenhuma das nossas colegas. E para mim, uma gaja que não tivesse um rosto sublime ou minimamente parecido com o da Sandrinha da minha turma, não me despertava o menor interesse. Os Turnerianos contrapunham com a solução óbvia: enfiava-se um saco na cabeça e pronto. Hoje, confesso, estou mais perto desta saudável ideologia. Aqui há dias navegava por um site de gajedo que oferece alguns minutos de prazer em troca de dinheiro e onde toda a carne em exibição esconde a sua face num pudor excitante na mesma proporção em que mostra o restante bem torneado produto. Não senti grande curiosidade em saber como seriam as faces daqueles corpos. Antes como seriam aqueles corpos assim mais ao perto. Mas ainda assim, recorrendo à mais alta tecnologia, e porque numa foto uma delas dava a mostrar os lábios, noutra o olho esquerdo, noutra a testa, noutra o olho direito, fiz diversos recortes e consegui completar o puzzle com o rosto completo duma das colaboradoras. Não gostei do que vi, mas de imediato achei que pouco interessava. Não era bonita mas não seria preciso enfiar um saco. O portentoso corpo que exibia relegava para segundo plano o facto de não ser bonita. O triunfo da carne sobre os princípios ? Big deal!
Terceira constatação: Durante anos e anos quando via dois pacotes de leite abertos em cima da bancada da cozinha, nunca conseguia distinguir qual deles estava cheio e qual deles estava vazio. Pegava num copo para o encher e invariavelmente pegava no pacote vazio. Uma metáfora perturbadora sobre as minhas opções de vida, que nunca seriam afinal as correctas. Hoje em dia, e com orgulho o digo, consigo acertar sempre no pacote de leite cheio.