Acho que tenho um colega que é roto.
Evidência nº 1
O tipo anda sempre com o casaco apenas sobre as costas. Nunca o vi com o casaco vestido. Sempre achei as pessoas que andam com os casacos apenas sobre as costas suspeitas de alguma coisa. Como se a qualquer momento pudessem dizer “O quê este casaco ? Não, não é meu, caiu-me em cima!”. Este é suspeito de ser rabichola.
Evidência nº 2
Na cantina costuma almoçar uma miúda muito bem feitinha assim a dar para o pequenino com um rabinho do tipo cebola, ou seja, aquele tipo de rabinho que é de comer e chorar…por mais. Mas é um rabinho que não inspira num gajo os impulsos animalescos que outros rabinhos, ou melhor, outras peidolas inspiram.
A forma do rabo é algo que me fascina. O que mais me atrai num que outro, como está distribuída a carne, como se processa a movimentação das nádegas, a volumetria, a propocionalidade, a rigidez, entre outras características que fazem com que não existam dois rabinhos ou peidolas iguais.
Ora o rabinho da miúda da cantina é daqueles rabinhos perfeitos que apetece tratar com carinho. Quem diz tratar com carinho diz passar a mão e de olhos fechados percepcionar a fluidez dos contornos das nádegas, a textura lisinha da pele em contraste com a aspereza das nossas mãos. Que diz passar com a mão diz passar com a língua, meter lá a cara e assim... Ora o tipo que suspeito ser rabichola, quando vê a miúda parece ter uma necessidade meio espalhafatosa de assumir a sua masculinidade. Fá-lo de forma igualmente grosseira, dizendo-nos “Olha-me para aquela peida, parti-a toda!!!”. Agora imaginem um tipo com um casaco sobre as costas a dizer isto assim a puxar a saliva à boca. Epá não exageremos. A ultima coisa que aquele rabinho provoca num gajo é a vontade de o partir todo. Apetece só partir metade.
Evidência nº 3
No piso onde trabalhamos existem duas casas de banho sem ventilação, uma para os homens e outra para as mulheres. O pormenor sem ventilação é importante mas daí a cada vez que lá se vai cagar levar-se debaixo do braço um spray de Brise parece-me uma atitude suspeita. Nem as mulheres o fazem.
Evidência nº 4
O rolo de papel higiénico da casa de banho sem ventilação está trancado dentro de um porta rolos metálico fechado a cadeado. Existe uma pequena fresta por onde puxamos a ponta para dele nos servirmos. Muitas vezes acontece que quando rasgamos o papel, o rolo no interior do sarcófago metálico rola e a ponta fica inacessível. Temos que enfiar os dedos, fazer rodar o rolo no interior e procurarmos com jeitinho a ponta para a puxarmos de novo. Ora este tipo de que suspeito seriamente ser um roto da primeira apanha, tem o cuidado de se servir do papel e deixar sempre a ponta do rolo assim meio amarfanhada de modo a que esteja facilmente acessível a quem a seguir se quiser servir. Não sei mas depois de cagar acho que um tipo só pensa em limpar o cu. Não está cá com cerimónias destas.
Penso que possam existir outros indícios mas eu não sou pessoa muito perspicaz graças a deus.
1 comentário:
Bem os ingleses dizem "it takes one to know one"
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