segunda-feira, 4 de junho de 2007


O tédio leva-me até à varanda das traseiras daquele 1º andar com vista para uma vivenda com um espaço ajardinado ainda razoável. Não se vê ninguém. Reparo apenas nos únicos seres vivos presentes na paisagem, uma mãe gata acompanhada dos seus quatro filhotes, e deliciou-me a observá-los nas suas brincadeirinhas já com o seu quê de violento. São das coisas mais ternurentas e queridas que existem, os gatitos, quando são pequeninos. Passo ali momentos deliciosos a vê-los naquela galhofa, até que me chamam para ir para a mesa.
Nada acontece por acaso. Tenho a certeza que foi nosso senhor que fez questão de naquele momento não estar a filha da dona daquela casa a apanhar sol em topless no jardim ou a empregada de mini-saia a gatinhar sobre a relva a apanhar ervas daninhas, como já as apanhei, para que a minha lúbrica mente descansasse e assim pudesse usufruir daqueles momentos de tão agradável e meramente inocente contemplação.

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